quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A PALHOÇA

Tudo ali era tão simples.

Água na moringa.

Tudo era tão seguro.

Farinha na tigela.

Tudo era tão igual.

Vacas no jiral.

Tudo era tão distante.

Notícias de um parente errante.

A palhoça não mudava, era sempre de palha, arame, pregos e paus. Podia o mundo cair, podia a morte surgir, podia que podia tudo !

Nada movia um palmo daquela palhoça, era como se o tempo ficasse ali pitando seu cachimbo.

Uma nuvem ou outra se atrevia a tomar formas interessantes.

Em dias assim, cheios de sons e movimentos, que eu sinto falta e choro um choro besta e arrependido, de quem deixou a palhoça.

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